segunda-feira, 9 de abril de 2012

Aquilo a que chamam "crise no sector imobiliário"...




Ouvi dizer que “Isto está Mau”!

Quero “Comprar Casa”, Ajudem-me, por favor...


Recentemente decidi mudar de casa. Estou divorciado à cerca de 3 anos e moro em Cascais. Os meus filhos, que são os seres que mais adoro neste mundo, estão a morar com a mãe na zona de Algés. Como quero estar cada vez mais tempo com eles resolvi procurar casa na zona onde moram. Sei o que quero e quais as características da casa que procuro o que acredito ser uma coisa natural e normal para quem procura um novo lar.

Comecei a procurar casa à cerca de 3 meses e estou surpreendido porque não tem sido um processo muito fácil.

Ouvi algumas pessoas a comentar que o mercado Imobiliário está muito mau e que não se fazem negócios, o que me parece ter sentido se analisar a situação económica do país. Bancos que têm cada vez menos dinheiro para emprestar, pessoas com mais dificuldades financeiras para cumprir com os seus compromissos, cada vez mais se vêem lojas e casas para venda e arrendamento.

Mas não me parece que esteja assim tão mau.
Os players que estão no mercado não refletem uma atitude congruente com o que se vive atualmente no mercado.


Quando penso em mudar de casa, acredito, como tudo o que quero na vida, ter que trabalhar para ter o que procuro. O que espero também, talvez tenha uma expectativa errada, é que os profissionais do sector imobiliário sejam parceiros neste caminho, ou seja, que me ajudem a encontrar aquilo que sei que quero.
Afinal de contas é esse o papel dos Mediadores Imobiliários, ajudar a comprar e a vender quem a eles procura apoio e know how do mercado e das melhores soluções para cada cliente. Será que estou correto nesta minha análise?

O que tenho encontrado, neste supostos parceiros, é um conjunto de atitudes que me deixam com mais impressões más que boas.

Uma das estratégias que utilizo para encontrar a minha casa é a tática de visão de Águia invertida, ou seja, quando vou no carro olho para cima em vez de olhar para baixo na expectativa de encontrar a minha presa ideal, neste caso a casa ideal, quando encontro uma que está na zona correta com a localização desejada com uma placa, fico em modo de caça, abrando, foco-me no alvo, certifico-me que pode ter a tipologia que pretendo e de seguida, caso esteja qualificado, paro e imediatamente ligo para o número que aparece na placa. Chamo a este momento “Pronto para caçar”. Aqui começam uma série de desafios.

1º- Em cada 10 telefonemas que faço, apenas me atendem 3 pessoas.
2º- Das 7 que não atendem o telefone, apenas 1 a 2 devolvem a chamada não atendida.
3º- Nas 3 chamadas atendidas, 2, são pessoas que não sabem qual o apartamento que estou a pedir informação e que vão passar a informação a alguém que me liga imediatamente. A experiencia que tenho é que apenas metade das pessoas me liga no próprio dia a dar a informação correta sobre o imóvel que solicitei informação.
4º- Após a primeira conversa telefónica solicito o envio de algumas fotos e plantas via email para garantir que não perco o meu tempo a ver imóveis que não me agradam. Aqui também me parece que, ou não digo o email corretamente ou os servidores de email andam também em crise ou até pode ser o caso que fale com pessoas que são despedidas nesse mesmo dia após o meu telefonema, pois metade dos emails não os recebo.
5º- Dos contactos que têm seguimento consigo ter uma taxa de quase 100% de visitas que consigo realizar, o que após os desafios anteriores me deixa completamente surpreendido positivamente e até entusiasmado, com a sensação que encontrei o parceiro ideal.
6º- Após a Visita acontecem coisas surpreendentes:
Das casas que não me encantam, procuro passar ao consultor imobiliário aquilo que procuro realmente com a expectativa, mais uma vez, que ele me procure através das suas metodologias e contactos, o meu imóvel. Mas até à data só dois me voltaram a ligar com outras opções, normalmente boas soluções.
Outros tentam vender-me o imóvel que acabei de lhes confessar que não me agradou com justificações e vantagens que só são válidas para eles. Parece até que ficam zangados por não concordar com essas vantagens.
Já aconteceu eu fazer propostas verbais, sem ver arrecadações e garagens por não haver chaves. Após essa proposta agendamos um telefonema para perceber se o negócio tem pernas para avançar, ou quando se pode agendar outra visita para ver os restantes espaços que pertencem ao imóvel. O que acontece sempre é que o telefonema nunca chega na hora acordada, ou simplesmente não chega, tenho que ser eu a ligar.

Como dá para perceber, ainda não consegui a minha casa e parece que vou ter que trabalhar mais para ter uma casa que para ser Coach e Consultor também para equipas comerciais.
Será?

O que me surpreende ainda mais é que a grande maioria das pessoas continuam a acreditar que investir na sua formação e desenvolvimento pessoal, não vale a pena.
Mas parece valer a pena continuar a dizer que estamos em crise. Eu até percebo que é mais fácil assumir ser mau que trabalhar para fazer a diferença. Uma coisa é certa, quem marca essa diferença não fala da crise, pois não tem motivos para isso, garantidamente.

Os Consultores credíveis que tenho encontrado e que seguramente vão ganhar dinheiro comigo, são aqueles que semanalmente me continuam a contactar para me sugerir novas oportunidades ou a fazer um “followup on time”. Estão concentrados naquilo que procuro e não apenas naquilo que têm. Tiveram a atitude de me perguntar qual a urgência do negócio e não se esquecem. Não estão vestidos de fato e gravata, vestem apenas uma atitude focada nos seus potenciais clientes. Não necessitam trabalhar numa grande rede, trabalham a rede de contactos que têm e estão focados. Não esperam fechar o negócio no primeiro contacto, esperam encontrar o negócio que nos vai dar mais-valias a ambos. São aqueles que depois de se interessarem pelo que eu faço me perguntam se os posso ajudar a serem melhores. São aqueles que depois de lhes sugerir algumas práticas me ligam a festejar os seus resultados. São aqueles que procuram o bom e o mau feedback porque sabem que só assim podem melhorar o seu “amanhã”.

A única coisa que quero deixar com estas palavras é que preciso de ajuda a alcançar os meus objectivos. Mesmo que queira muito ajudar os outros, neste caso, como em muitos outros, se não me ajudarem a alcançar os meus objectivos é quase impossível ajudar os outros a alcançarem os seus.

Deixo apenas cinco simples sugestões a quem está no sector imobiliário:

1– Foquem-se nos clientes a 100%
2- Estabeleçam compromissos com os clientes
3- Cumpram com o que prometem
4- Se não sabem fazer, peçam ajuda a quem pode ajudar
5- Decidam querer fazer bem o que estão a fazer

Será que isso é difícil de entender?

Será que o sector imobiliário está em crise ou está com Oportunidades?

Queremos facturar ou apenas queremos que nos ponham o dinheiro na conta?


Apetece-me deixar uma citação que me parece fazer sentido:

“Só Teremos o que nunca Tivemos quando Fizermos o que nunca Fizemos, e quando Acreditarmos como ainda não Acreditámos“
Pedro Malaca

Sejam felizes e bem sucedidos, se faz favor ☺

Forte Abraço

Pedro Malaca
pedromalaca@bidevelopment.com

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