Se é importante para si, vale a pena ler o que vem a seguir,
caso ainda não seja importante para si, não perca mais o seu tempo com as próximas
palavras que aqui lhe deixei...
Não quero com estes hábitos dizer que não existem mais, nem
mesmo dizer que é sempre assim, ainda assim arrisco dizer-lhe que é quase
sempre assim!
1-
Desenvolver Curiosidade Genuína pelos outros
Viver com a motivação interior de
olhar para os outros com a curiosidade em descobrir algo de especial e único
dentro de cada individuo. Ter o interesse genuíno de desenvolver o conhecimento
de outro sem deixar que a sua experiência de vida possa condicionar o real conhecimento
das realidades dos outros.
2-
Descobrir pontos comuns entre ambos os “mundos”
Quando encontramos nos outros
algum fator comum com o nosso “mundo (a nossa vida e a forma como a vimos)”,
parece que a resistência natural que inicialmente nos afasta dos desconhecidos fica
mais reduzida, criando também na outra pessoa o mesmo tipo de percepção e
aceitação. Encontrar nos outros fatores comuns ajuda a criar relações com
ligações mais fortes. Essas ligações comuns aparecem muitas vezes em
determinadas Crenças, Gostos, hábitos, pessoas, modos de vida, ideias,
opiniões, interesses, entre outros.
3-
Desenvolver paixão por conhecer a vida de outros
Não chega ter a curiosidade
inicial para estabelecer empatias duradouras, tem de haver uma paixão e
interesse continuado pela realidade do outro. O interesse é normalmente uma vontade
constante e não um acontecimento isolado. Tem de haver manifesta vontade de
“calçar os sapatos do outro” para poder viver aquilo que ele está a viver ou
viveu. Um bom exemplo prático deste ponto é o exemplo de um líder que passa um
dia com o seu colaborador ou vai visitar um cliente desafiante para entender os
desafios e realidades do seu colaborador, ou até quando provamos a sopa dos
nossos filhos para sentir o excesso de sal que a sopa pode ter quando eles reclamam isso mesmo.
4-
Capacidade de se Adaptar ao outro
Neste contexto quando se fala em
adaptar é mais pertinente falarmos de espelhar comportamentos. Quando o nosso
corpo se apresenta ao outro da mesma forma, ou seja, se o outro está sentado
com a mão no queixo e as pernas cruzadas e nós estivermos também sentados com
as mãos e pernas da mesma forma, é possível que os outros e nós próprios,
sintam uma ligação empática superior a outras pessoas que não estão fisicamente
espelhadas. O mesmo acontece quando falamos de respiração ou de tom e ritmo de
voz.
5-
Praticar a “arte” de saber conversar
Conversar não é apenas falar! Ter
gosto por ouvir histórias e integrar experiências de outros ajuda-nos a ter uma
maior consciência do que os outros sentem e gostam. Ter a capacidade de
partilhar com os outros as nossas histórias e experiencias integradas pelo
nosso percurso, ou pelas experiências já partilhadas por outros connosco, de
forma a motivar ou potenciar as ideias do nosso interlocutor, ajuda a que este
nos veja como alguém que está ao seu lado e não á sua frente, aceitando mais
facilmente a nossa pessoa no seu mundo.
6-
Partilha de “Valor” para o outro
Mostrar vontade e disponibilidade
para ajudar o outro, significa identificar quais os pontos em que a outra
pessoa pode e quer ser ajudada e depois sugerir e não forçar a ajuda. Tentar
ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada em determinada situação é estar a
dar mais valor aquilo que nós queremos e menos aquilo que os outros desejam,
daí o resultado poderá ser um afastamento empático em vez de proximidade
empática. Disponibilizar tempo para ajudar é mais valioso na maioria dos casos,
até porque muito poucas pessoas têm tempo para si, quanto mais para dar aos
outros, isso fará toda a diferença.
7-
Potenciar uma Mente, Espírito e Ouvidos Abertos
Ter mente, espírito e ouvidos
abertos é ter a capacidade de ouvir aquilo que nunca se ouviu, sentir o que nunca
se sentiu e escutar como ainda não escutou e no final não julgar mas em vez
disso perguntar mais e mais para querer conhecer aquilo que ainda não conseguiu
conhecer. É perguntar o que o outro quer falar mas nunca ninguém pergunta, é
ter a capacidade de querer saber tudo o que o outro sente ou sentiu, vê ou viu,
pensa ou pensou ou até aquilo que duvida mas nem sabia antes de falar connosco.
É ter a capacidade de dizer ao outro “ajuda-me a viver o que viveu?” “Também
quero sentir isso, pode dizer-me como posso conseguir?”
Ao ter maior consciência destes hábitos poderá querer pôr
alguns em prática, mas deixe-me avisá-lo que arrisca-se a receber “ligações
fortes” de outras pessoas e até sorrisos sinceros, telefonemas inesperados ou
até a abertura de clientes que antes não lhe concediam tempo para os ajudar,
seja o que for que vai conseguir que ainda não conseguiu, não me venha acusar
que fui eu o responsável pelas sensações boas que vai criar aos outros e acima
de tudo a si próprio.
Seja mais empaticamente simpático, por si, pelos outros e
pela sua felicidade!
Seja feliz, se faz favor! J
Pedro Malaca