terça-feira, 11 de novembro de 2014

Não Durma Descansado Amanhã, Quando Pode Dormir Hoje!



Hoje fez tudo aquilo que era necessário fazer para dormir descansado, ou deixou para fazer amanhã?

O que devia ter feito e não fez, que poderá andar a “passear” nos seus pensamentos o tempo suficientemente necessário que o vai fazer adormecer mais tarde, ou até o pode impedir de dormir?




O contexto atual das organizações, os nossos medos, inseguranças e até a perda de um emprego, têm-nos pressionado a ter que assumir cada vez mais responsabilidades e naturalmente mais funções e tarefas, tanto a nível profissional, que nos obriga a investir mais tempo no horário de trabalho, como a nível pessoal, chegando mais tarde às nossas casas e tendo também que optimizar o nosso desempenho nas tarefas domesticas e nas nossas relações familiares, bem como sociais.

Naturalmente o resultado desta nova realidade é, muitas vezes, o adiar de determinadas tarefas que saltam nas nossas “to do list” diárias de um dia para o outro e por vezes de semana para semana. Os planeamentos que pecam por estarem mal planeados, reuniões com insuficiente ou nenhuma agenda, clientes com necessidades urgentes e sem resposta, relações pessoais e profissionais sem espaço para pequenos convívios e até compromissos na escola dos nossos filhos onde recorrentemente dizemos à professora que não podemos ir pois estamos a trabalhar.  Amigos com quem estávamos uma vez por mês e agora apenas sabemos deles quando vimos os seus “posts” nas redes sociais e pensamos que sentimos falta do convívio com este ou aquele amigo.

Se por um lado é verdade que temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para garantir a nossa segurança no local de trabalho ou mesmo arranjar um, também é verdade que a nossa realização pessoal e profissional vai muito para além da realização de inúmeras tarefas, umas atrás de outras, muitas vezes sem avaliar o impacto das mesmas no peso que elas irão ter na nossa consciência no final de cada um dos nossos dias.



É por isso mesmo fundamental, agora mais que nunca, parar para pensar, refletir e questionarmo-nos, se tudo o que fazemos vai ao encontro daquilo que queremos para nós próprios.



Saber dar prioridades corretas às nossas tarefas é mais que nunca um factor crítico de sucesso e até o melhor ansiolítico que conheço (confesso que não sou consumidor nem conhecedor deste tipo de fármacos, pedindo desde já desculpa a quem possa ter ofendido, mas conheço bem o poder motivador que uma pessoa sente quando sabe identificar corretamente as tarefas que tem que fazer para dormir mais descansado todas as noites).

Quando me pedem ajuda para identificar quais as tarefas realmente importantes de acordo com determinado desafio, algumas das perguntas que costumo fazer aos meus coachees (os meus maravilhosos clientes) são as seguintes:

Se não fizeres essa tarefa hoje, como te vais sentir logo à noite quando estiveres com a tua cabeça na tua almofada?

Se não fizeres agora essa tarefa, como te vais sentir quando te apontarem o dedo a dizer que não fizeste?

Quem pode ser prejudicado se não fizeres isso?  como te vais sentir em relação a isso?

Como vais ser visto por essa pessoa se não fizeres isso?  como te vais sentir em relação a isso?

Se me dizem que não vão gostar da sensação, apenas lhes pergunto: Então quando vais realizar essa tarefa? Ainda de manhã ou ao inicio da tarde?

A nossa consciência é a nossa melhor amiga na tomada de qualquer decisão. Ela é a nossa bússola, a nossa balança para nos dizer se é importante para hoje ou para amanhã ou depois. Uma notícia que lhe quero dar é que a voz da sua consciência só se ativa quando você tiver tempo de qualidade para a poder ouvir. Isso quer dizer que tem que parar para que consiga ouvir a sua consciência.

Aceita um desafio?

Pare agora e ouça a sua consciência durante 2 minutos e reflita com as seguintes questões que lhe vou colocar:

O que já devia ter feito a semana passada que ainda não fez?

O que poderia fazer ainda hoje que aumentava a sua confiança amanhã?

Se tivesse tempo, a quem telefonava a dizer “É só para te dizer que gosto muito de ti!”?

Se não fosse orgulhoso, quem seria a 1ª pessoa que pediria desculpas?

Se o mundo acabasse daqui a 30 minutos, o que faria diferente nos próximos 29 minutos?

Quem gostaria de ver que já não vê à tempo demais ? Quando vai fazer alguma coisa para não voltar a sentir isso?

A sua consciência respondeu?
O que vai fazer com isso?

Vai Escolher Dormir Mais Descansado Hoje, ou vai mais uma vez Deixar Para Amanhã?

Escolha apenas uma das respostas que a sua consciência lhe deu e faça já!
Como se vai sentir depois de o fazer?
Como alguém se vai sentir depois de você o fazer?

A escolha hoje é sua e vai ser sempre, porque a sua consciência não é de mais ninguém! Amanhã ela vai falar consigo novamente, pois ela não tem mais ninguém com quem falar... sim estou a falar da sua consciência!



Desejo-lhe uma noite descansada hoje e sempre!


Seja feliz, se faz favor! J

Forte abraço

Pedro Malaca

domingo, 19 de outubro de 2014

Os 3 Níveis de Motivação para a Acção!

Já sabe o que o(a) motiva para entrar em acção?

Tanto se fala de Motivação ou da Desmotivação de pessoas, o que acredito que se fala pouco é daquilo que está por detrás dessas palavras ou , mais que as palavras, dos sentimentos.

Como profissional do desenvolvimento de pessoas tenho, como é hábito, encontrado formas simples de tentar dar a tão desejada consciência dos pequenos grandes “porquês” que estão por detrás dos comportamentos de cada individuo.

O sentimento “motivação” está naturalmente sempre presente nas sessões de Coaching e tenho desmistificado da seguinte forma que, embora muito vaga, ajuda qualquer pessoa a começar a entender um pouco mais determinados comportamentos que cada um tem. Uns que motivam ou nem por isso.

Pense primeiro na palavra “Motivação”. Depois tente vê-la da seguinte forma: Motivo+Acção (Motivo para entrar em acção). Já tinha pensado nisso? Acredito que sim.

O que lhe quero transmitir é que existem 3 motivos para qualquer pessoa entrar em acção.

1º Nível - Motivo – Estímulo Externo 

“Tenho que fazer isto”

Neste caso a pressão externa, entende-se tudo o que outros nos pedem ou nos pressionam para nós fazermos, como por exemplo quando alguém nos diz o que temos que fazer no trabalho. Aqui consideramos apenas as tarefas que não gostamos de fazer ou que não entendemos o que se pode ganhar de relevante por se estar a desempenhar essa tarefa.
“Preciso que me faça este relatório até amanhã!” ou
“Você tem que estar cá amanhã pelas 7h...”
“Preciso que trate daquele assunto...”
Normalmente a pressão externa pode ser desmotivadora, pois ninguém gosta de estar  a trabalhar para os objectivos dos outros ou a fazer as “coisas” das outras pessoas de forma regular.





2º Nível - Motivo – Estímulo Interno 

“Devo fazer isto”

A pressão interna, entende-se tudo o que fazemos como resposta ao nosso racional. O nosso racional é aquela vozinha interna que está sempre a dizer: “Já fizeste aquilo?” , “não devias estar a fazer o relatório? Então porque é que estas a caminho do café se só falta uma hora para saires e o relatório ainda demora 50 minutos para fazer?!”
Esta é a nossa consciência a pôr-nos à prova. Normalmente acontece quando temos uma ou mais tarefas para executar mas que por falta de foco ou de simpatia para mesma, a deixamos para fazer noutra altura. Neste ponto um individuo pode sentir desmotivação quando sente que não está a fazer as suas tarefas de acordo com o que esperam dele, no entanto pode produzir motivação quando um individuo consegue sentir-se realizado por entregar as tarefas cumpridas a tempo e horas.




3º Nível - Motivo – Inspiração 

“Quero fazer isto”

Aqui o estimulo é maioritariamente interno. A pressão neste caso é muito saudável, ou seja, também pode existir um pensamento “tenho que fazer” ou “devo fazer” mas é sempre acompanhado por um propósito ou um “porquê”. Aqui o individuo tem sempre a consciência do que vai ganhar com isso e como será a forma ou a altura melhor para o fazer.
Como por exemplo: “Hoje quero deixar a preparação da reunião bem feita para amanhã estar mais confiante e alcançar todos os meus objectivos!”
“Quero superar os objectivos este trimestre e por isso vou fazer mais 3 visitas por dia sendo que 1 delas tem que ser um cliente A!”
Normalmente estas acções são o resultado de uma convicção forte por parte do individuo. Ninguém o mandou fazer daquela forma, apenas acredita que aquela é a melhor forma de conseguir alcançar algo.  





Devemos motivar os outros e a nós próprios a entrar em acção sempre que possível no nível 3, pois só assim vamos conseguir o melhor resultado no desempenho de cada tarefa.

Quando executa ou delega tarefas, tente perceber em qual dos níveis esta a comunicar ou a estimular. Por outro lado, quando delega, tente sempre explicar o “porquê”, ou seja, o motivo pelo qual isso é importante e o que todos vamos ganhar com isso, pois assim estou convicto que pode ajudar a que uma tarefa que inicialmente seria executada com o nível 1 ou 2, passe a ser executada com inspiração (nível 3).

Acredito que assim, está mais preparado(a) para encarar os novos desafios de comunicação com impactos mais positivos em si e nos outros.

Seja feliz, se faz favor! J

Forte abraço

Pedro Malaca

quinta-feira, 6 de março de 2014

Os 7 Hábitos das Pessoas Empaticamente Simpáticas


Criar empatia com os outros é importante?

Se é importante para si, vale a pena ler o que vem a seguir, caso ainda não seja importante para si, não perca mais o seu tempo com as próximas palavras que aqui lhe deixei...

Não quero com estes hábitos dizer que não existem mais, nem mesmo dizer que é sempre assim, ainda assim arrisco dizer-lhe que é quase sempre assim!





1-    Desenvolver Curiosidade Genuína pelos outros

Viver com a motivação interior de olhar para os outros com a curiosidade em descobrir algo de especial e único dentro de cada individuo. Ter o interesse genuíno de desenvolver o conhecimento de outro sem deixar que a sua experiência de vida possa condicionar o real conhecimento das realidades dos outros.

2-    Descobrir pontos comuns entre ambos os “mundos”

Quando encontramos nos outros algum fator comum com o nosso “mundo (a nossa vida e a forma como a vimos)”, parece que a resistência natural que inicialmente nos afasta dos desconhecidos fica mais reduzida, criando também na outra pessoa o mesmo tipo de percepção e aceitação. Encontrar nos outros fatores comuns ajuda a criar relações com ligações mais fortes. Essas ligações comuns aparecem muitas vezes em determinadas Crenças, Gostos, hábitos, pessoas, modos de vida, ideias, opiniões, interesses, entre outros.

3-    Desenvolver paixão por conhecer a vida de outros


Não chega ter a curiosidade inicial para estabelecer empatias duradouras, tem de haver uma paixão e interesse continuado pela realidade do outro. O interesse é normalmente uma vontade constante e não um acontecimento isolado. Tem de haver manifesta vontade de “calçar os sapatos do outro” para poder viver aquilo que ele está a viver ou viveu. Um bom exemplo prático deste ponto é o exemplo de um líder que passa um dia com o seu colaborador ou vai visitar um cliente desafiante para entender os desafios e realidades do seu colaborador, ou até quando provamos a sopa dos nossos filhos para sentir o excesso de sal que a sopa pode ter quando eles  reclamam isso mesmo.

4-    Capacidade de se Adaptar ao outro

Neste contexto quando se fala em adaptar é mais pertinente falarmos de espelhar comportamentos. Quando o nosso corpo se apresenta ao outro da mesma forma, ou seja, se o outro está sentado com a mão no queixo e as pernas cruzadas e nós estivermos também sentados com as mãos e pernas da mesma forma, é possível que os outros e nós próprios, sintam uma ligação empática superior a outras pessoas que não estão fisicamente espelhadas. O mesmo acontece quando falamos de respiração ou de tom e ritmo de voz.

5-    Praticar a “arte” de saber conversar

Conversar não é apenas falar! Ter gosto por ouvir histórias e integrar experiências de outros ajuda-nos a ter uma maior consciência do que os outros sentem e gostam. Ter a capacidade de partilhar com os outros as nossas histórias e experiencias integradas pelo nosso percurso, ou pelas experiências já partilhadas por outros connosco, de forma a motivar ou potenciar as ideias do nosso interlocutor, ajuda a que este nos veja como alguém que está ao seu lado e não á sua frente, aceitando mais facilmente a nossa pessoa no seu mundo.

6-    Partilha de “Valor” para o outro

Mostrar vontade e disponibilidade para ajudar o outro, significa identificar quais os pontos em que a outra pessoa pode e quer ser ajudada e depois sugerir e não forçar a ajuda. Tentar ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada em determinada situação é estar a dar mais valor aquilo que nós queremos e menos aquilo que os outros desejam, daí o resultado poderá ser um afastamento empático em vez de proximidade empática. Disponibilizar tempo para ajudar é mais valioso na maioria dos casos, até porque muito poucas pessoas têm tempo para si, quanto mais para dar aos outros, isso fará toda a diferença.

7-    Potenciar uma Mente, Espírito e Ouvidos Abertos

Ter mente, espírito e ouvidos abertos é ter a capacidade de ouvir aquilo que nunca se ouviu, sentir o que nunca se sentiu e escutar como ainda não escutou e no final não julgar mas em vez disso perguntar mais e mais para querer conhecer aquilo que ainda não conseguiu conhecer. É perguntar o que o outro quer falar mas nunca ninguém pergunta, é ter a capacidade de querer saber tudo o que o outro sente ou sentiu, vê ou viu, pensa ou pensou ou até aquilo que duvida mas nem sabia antes de falar connosco. É ter a capacidade de dizer ao outro “ajuda-me a viver o que viveu?” “Também quero sentir isso, pode dizer-me como posso conseguir?”


Ao ter maior consciência destes hábitos poderá querer pôr alguns em prática, mas deixe-me avisá-lo que arrisca-se a receber “ligações fortes” de outras pessoas e até sorrisos sinceros, telefonemas inesperados ou até a abertura de clientes que antes não lhe concediam tempo para os ajudar, seja o que for que vai conseguir que ainda não conseguiu, não me venha acusar que fui eu o responsável pelas sensações boas que vai criar aos outros e acima de tudo a si próprio.

Seja mais empaticamente simpático, por si, pelos outros e pela sua felicidade!

Seja feliz, se faz favor! J

Pedro Malaca