Hoje fez tudo aquilo que era necessário fazer para dormir
descansado, ou deixou para fazer amanhã?
O que devia ter feito e não fez, que poderá andar a
“passear” nos seus pensamentos o tempo suficientemente necessário que o vai
fazer adormecer mais tarde, ou até o pode impedir de dormir?
O contexto atual das organizações, os nossos medos,
inseguranças e até a perda de um emprego, têm-nos pressionado a ter que assumir
cada vez mais responsabilidades e naturalmente mais funções e tarefas, tanto a
nível profissional, que nos obriga a investir mais tempo no horário de
trabalho, como a nível pessoal, chegando mais tarde às nossas casas e tendo
também que optimizar o nosso desempenho nas tarefas domesticas e nas nossas
relações familiares, bem como sociais.
Naturalmente o resultado desta nova realidade é, muitas
vezes, o adiar de determinadas tarefas que saltam nas nossas “to do list”
diárias de um dia para o outro e por vezes de semana para semana. Os planeamentos
que pecam por estarem mal planeados, reuniões com insuficiente ou nenhuma
agenda, clientes com necessidades urgentes e sem resposta, relações pessoais e
profissionais sem espaço para pequenos convívios e até compromissos na escola
dos nossos filhos onde recorrentemente dizemos à professora que não podemos ir
pois estamos a trabalhar. Amigos com
quem estávamos uma vez por mês e agora apenas sabemos deles quando vimos os
seus “posts” nas redes sociais e pensamos que sentimos falta do convívio com
este ou aquele amigo.
Se por um lado é verdade que temos que fazer tudo o que está
ao nosso alcance para garantir a nossa segurança no local de trabalho ou mesmo
arranjar um, também é verdade que a nossa realização pessoal e profissional vai
muito para além da realização de inúmeras tarefas, umas atrás de outras, muitas
vezes sem avaliar o impacto das mesmas no peso que elas irão ter na nossa
consciência no final de cada um dos nossos dias.
É por isso mesmo fundamental, agora mais que nunca, parar
para pensar, refletir e questionarmo-nos, se tudo o que fazemos vai ao encontro
daquilo que queremos para nós próprios.
Saber dar prioridades corretas às nossas tarefas é mais que
nunca um factor crítico de sucesso e até o melhor ansiolítico que conheço
(confesso que não sou consumidor nem conhecedor deste tipo de fármacos, pedindo
desde já desculpa a quem possa ter ofendido, mas conheço bem o poder motivador
que uma pessoa sente quando sabe identificar corretamente as tarefas que tem
que fazer para dormir mais descansado todas as noites).
Quando me pedem ajuda para identificar quais as tarefas
realmente importantes de acordo com determinado desafio, algumas das perguntas
que costumo fazer aos meus coachees (os meus maravilhosos clientes) são as
seguintes:
Se não fizeres essa tarefa hoje, como te vais sentir logo à
noite quando estiveres com a tua cabeça na tua almofada?
Se não fizeres agora essa tarefa, como te vais sentir quando te apontarem o dedo a dizer que não fizeste?
Quem pode ser prejudicado se não fizeres isso? como te vais sentir em relação a isso?
Como vais ser visto por essa pessoa se não fizeres isso? como te vais sentir em relação a isso?
Se me dizem que não vão gostar da sensação, apenas lhes
pergunto: Então quando vais realizar essa tarefa? Ainda de manhã ou ao inicio da
tarde?
A nossa consciência é a nossa melhor amiga na tomada de
qualquer decisão. Ela é a nossa bússola, a nossa balança para nos dizer se é
importante para hoje ou para amanhã ou depois. Uma notícia que lhe quero dar é
que a voz da sua consciência só se ativa quando você tiver tempo de qualidade para a
poder ouvir. Isso quer dizer que tem que parar para que consiga ouvir a sua
consciência.
Aceita um desafio?
Pare agora e ouça a sua consciência durante 2 minutos e
reflita com as seguintes questões que lhe vou colocar:
O que já devia ter feito a semana passada que ainda não fez?
O que poderia fazer ainda hoje que aumentava a sua confiança
amanhã?
Se tivesse tempo, a quem telefonava a dizer “É só para te
dizer que gosto muito de ti!”?
Se não fosse orgulhoso, quem seria a 1ª pessoa que pediria
desculpas?
Se o mundo acabasse daqui a 30 minutos, o que faria
diferente nos próximos 29 minutos?
Quem gostaria de ver que já não vê à tempo demais ? Quando
vai fazer alguma coisa para não voltar a sentir isso?
A sua consciência respondeu?
O que vai fazer com isso?
Vai Escolher Dormir Mais Descansado Hoje, ou vai mais uma
vez Deixar Para Amanhã?
Escolha apenas uma das respostas que a sua consciência lhe
deu e faça já!
Como se vai sentir depois de o fazer?
Como alguém se vai sentir depois de você o fazer?
A escolha hoje é sua e vai ser sempre, porque a sua
consciência não é de mais ninguém! Amanhã ela vai falar consigo novamente, pois
ela não tem mais ninguém com quem falar... sim estou a falar da sua
consciência!
Desejo-lhe uma noite descansada hoje e sempre!
Seja feliz, se faz favor! J
Forte abraço
Pedro Malaca